Depois de vários meses de interregno, foi publicado hoje o trigésimo quinto conto do Vítor, a “Carreira de Bragança”.
É fácil localizar a Carreira de Bragança: indo de Benlhevai para a Trindade, depois de passar a curva onde termina aquela reta comprida do Pereiro, estamos na Carreira de Bragança. Antes da curva as vistas estendem-se pelo Prado fora ou pelo Pereiro acima, ao passá-la abre-se uma paisagem diferente, deslumbrante, arrebatadora, com a serra de Bornes no centro e tudo o resto que este conto nos mostra. Daqui se vê a estrada, onde ia a tal carreira (agora chama-se autocarro, em França, autobus, no Brasil ônibus) para Bragança, a levar e a trazer gente, homens e mulheres de muitas terras que levavam negócios para tratar, visitas para fazer, sonhos para realizar. Por isso, diz este conto e bem poderia ser verdade, a esta zona se chama Carreira de Bragança.
Felizmente é retomada a publicação dos contos do Vítor, em português e francês. Agora acredito que vamos levar este projeto até ao fim, isto é, publicar todos os contos (já faltam poucos). Tudo isto se passava na nossa infância, pois já não há carreira para Bragança, já não é necessária. Quem quiser ir lá, agora vai no seu carro e à hora que lhe apetecer e a estrada é do melhor que há.
Artur José de Sousa Fernandes