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Fontinha  2022-12-05

Foi publicado hoje o vigésimo oitavo conto do Vítor, a “Fontinha”.

Indo de Benlhevai para a Trindade, a pé pelo caminho antigo, sai-se pelo Torrão; mais acima passa-se na Portelada, em direção à Fraga Caveira; aí começa-se a descer, Codeçosa abaixo e se olharmos ali para o fundo do lado direito vemos a Fontinha.

Neste conto os dois personagens vinham da Trindade. Bem comidos e bem bebidos, o que vinha a falar nem deu pela falta do outro. Este vinha com a boca seca, foi beber água a uma fontela e lá ficou. A astúcia já não era muita, o vinho que tinha bebido acabou com os trambolhos.

Esta história é inventada, serve para falarmos da Fontinha, que é o que interessa para o caso.

Esta história traz-nos à lembrança uma que aconteceu mesmo; há uns trinta anos atrás, mais coisa menos coisa, o Magana, homem que andava por aí a trabalhar para uns e para outros e que gostava dos copos (fazia equipa com outros dois que faziam o mesmo que ele, o Porfírio da Burga e o Gama), vinha do Vilar para Valbom. Já vinha com os copos e ao descer para a barragem, por motivos que ninguém conhece, foi direitinho para a água. Aí caiu, afogou-se, ele que não podia ouvir falar de água.

Estra história está contada, foi assim que se passou e está dito. Já todos ficamos a saber onde é a Fontinha.



Comentários


Agora já não seria fácil acontecerem casos como o que este conto descreve. Já não há fontelas nem fontinhas pelo campo, como antigamente. Está tudo seco. Os ribeiros já não correm e quem tiver que ir trabalhar para o campo terá que levar a água de casa.

Artur José de Sousa Fernandes