Foi publicado hoje o vigésimo quinto conto do Vítor, que nos conta uma história sobre a “Cabeça Gorda”.
Esta é uma história violenta, tal como era a sociedade da época em que se desenrola. Hoje temos todo o respeito pelos nossos concidadãos, pelos animais, pela natureza. Antigamente tínhamos todo o respeito pela natureza, era dela que tirávamos o sustento, convivíamos com ela 24 horas por dia, 365 dias por ano; já no que dizia respeito aos animais não se pode dizer o mesmo: matavam-se com toda a naturalidade, castigavam-se para os obrigar a trabalhar, enfim, a sociedade em si aceitava estes castigos com normalidade. O castigo físico fazia parte do dia a dia: o pai e a mãe batiam nos filhos (com algumas exceções, sobretudo de pessoas que tinham outra visão da vida), o professor e a professora batiam nos alunos, o padre batia nas crianças.
Esta história poderia ter acontecido em Benlhevai, embora a nossa terra tivesse fama de ser das mais pacíficas. Outras havia que tinham fama de ter “barulhos” todos os domingos, onde se contavam as facadas e o sangue e não se contava a quantidade de vinho que os provocava.
Esta é uma história violenta que se teria passado há muitos anos e é no contexto da época que tem que ser compreendida.
A vida social de antigamente era violenta e, muitas vezes, cruel. Actualmente, como regra, já não se resolvem as questões à moda dantes. Felizmente hoje vive-se protegido por algum "verniz social". Mas, mesmo assim, quando esse verniz estala..., que Deus nos acuda. Vejam-se as barbaridades e crueldades que se cometem nas guerras!
Artur José de Sousa Fernandes