Mais um conto do Vítor publicado, a “Lavandeira”. É o vigésimo segundo desta saga, o que quer dizer que já contámos histórias de grande parte do termo de Benlhevai.
A Lavandeira fica logo a seguir ao Prado, antes do campo da bola. Na época retratada nesta história ainda não havia ali campo da bola e estrada também não. Em Benlhevai vivia muita gente, muitas bocas para sustentar. Grande parte das terras era dos ricos e como eles não trabalhavam, era nelas que havia alguma jeira para ganhar. Nem sempre era fácil ter trabalho, por vezes era precisa muita imaginação (e outras artimanhas) para o conseguir.
Lavandeira também é nome de pássaro. Convive bem com o homem, alimenta-se sobretudo de pequenos bichos, daqueles que havia em abundância nas terras lavradas de fresco. Por isso, quando alguém andava a lavrar, tinha as lavandeiras por companhia, logo ali atrás do arado ou da charrua.
Na nossa terra, tal como nas outras, os vários sítios do termo têm um nome. E a razão era uma qualquer; neste caso foi um pássaro, a lavandeira.
Artur José de Sousa Fernandes