Benlhevai, 21/11/2020
O número de casos ativos no distrito de Bragança passou a barreira dos mil. Aqui, como no resto do país, o número vai aumentando, havendo o receio de esgotar a capacidade dos hospitais em tratar os que necessitam de internamento. Nalguns países isso já aconteceu; em Portugal, felizmente, ainda não. Temos esperança que se chegue ao pico desta segunda vaga com capacidade para tratar dignamente todos os que são atingidos pelo vírus; depois, teoricamente, a situação irá aliviando.
Da parte dos organismos que dirigem a saúde está a haver um trabalho intenso e importante, da parte dos hospitais públicos também, os profissionais que aí trabalham estão a fazer um esforço enorme e da parte da população portuguesa também está a haver uma boa colaboração neste esforço de evitar o contágio. Há sempre exceções, há sempre alguém que não cumpre as regras, mas é uma minoria. A grande maioria da população portuguesa está a suportar todos os sacrifícios (e nalguns casos são enormes).
No nosso concelho de Vila Flor, a situação continua estabilizada, tendo descido para 12 o número de infetados.
Eis os dados atualizados do distrito de Bragança:
Desde o início da pandemia já morreram 67 pessoas; já foram infetadas 2917 e recuperaram 1836; há atualmente 1010 pessoas infetadas, assim distribuídas:
Bragança – 373, Mirandela – 138, Macedo – 126, Freixo – 121, Miranda – 55, Mogadouro - 53, Moncorvo – 51, Alfândega – 44, Vinhais – 22, Vimioso – 12, Vila Flor 12, Carrazeda – 3.
Hoje acompanha esta notícia uma fotografia duma oliveira. Esta já tem muitos anos, já deu muita azeitona e, como todas as outras, corre o perigo de ficar ao abandono dentro de poucos anos. Cada vez há menos gente para tratar das oliveiras, cada vez dão mais despesa e menos lucro. Hoje em dia, a maior parte dos agricultores tem uma idade avançada, na casa dos 70, 80 e 90 anos, e não é previsível que haja quem continue o seu esforço, pelo que o nosso olival tradicional tem os dias contados. As árvores morrem de pé e esta oliveira, como todas as outras que nos deram o azeite durante muitos anos, vão morrer brevemente; mas de pé!
Um abraço para todos!
Os bons comportamentos sociais dão bons resultados, mas é para continuar que infelizmente isto ainda não passou. A oliveira representa a longevidade, é uma arvore majestosa, esta em concreto quantas gerações terá visto passar.
vitor
Muitos olivais começam já a ficar abandonados, por falta de mão de obra e a despesa já começa a ser maior do que o rendimento. É pena, porque o nosso azeite é do melhor que há.
Artur José de Sousa Fernandes