Bem-Vindo

Novembro


As castanhas estão pelas rabeiras; as primeiras que caíram estavam abladas e os ouriços não abriam, era o calor. Depois veio a chuva, ainda veio a tempo, vem sempre, e o resto da campanha não foi mau, já caíam como deve ser, já eram grandinhas, só que a maior parte delas vinha bichosa. O tempo anda maluco e a culpa é nossa.

Não tarda vem aí a azeitona, que no geral também não é muita, o que quer dizer que o azeite vai continuar com preços malucos. A seguir vem o Natal e este ano estamos à espera que o Menino Jesus nos traga uma prenda. Andam a pôr uma antena grande na Cabeça Gorda e estamos à espera que venha a melhorar a rede dos telefones, telemóveis e internet. Antigamente não havia nada disto, mas hoje em dia já não conseguimos viver sem essas coisas. O mundo evoluiu, estamos espalhados por toda a parte e estamos permanentemente em contacto uns com os outros.

Um abraço para todos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Setembro trouxe-nos chuva, para alegria de todos, outubro começou e continua com sol e calor, o que não é nada bom. A azeitona está com sede e as castanhas estão a morrer do mesmo mal; os ouriços não abrem, a castanha está ablada, enfim, estava tudo bem encaminhado para termos uma boa colheita e de repente fica tudo estragado. As previsões apontam para um fim de semana de chuva, dias 13, 14 e 15, vamos ver se ainda vem a tempo.

Estamos a viver tempos difíceis, no que ao clima diz respeito. Os castanheiros estão a morrer a um ritmo muito acelerado, devido à falta de chuva e principalmente à falta de frio; as laranjeiras estão a morrer no termo de baixo, porque já é demasiado quente, e temos que as plantar no termo de cima; as oliveiras estão a sofrer do mesmo mal. Já não temos nascentes de água pelo termo fora, como antigamente, os animais não têm água para beber; já não há coelhos e perdizes, porque já não há cereal e hortas para se alimentarem; os lobos fugiram, já não têm ovelhas para comer; deram lugar aos javalis, animais que se dão bem com os silvedos e o monte que se desenvolve nos terrenos que não estão cultivados; não temos lagartos, as lagartixas estão também em vias de extinção.

Para onde vamos?

Devemos pensar seriamente nestes problemas, tentar encontrar uma solução que nos impeça de caminhar para o abismo. Seremos capazes de o fazer?

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Está a começar bem o mês de setembro; depois de muito tempo sem chover, o primeiro domingo trouxe-nos uma tarde de chuva, para alegria de toda a gente. Os castanheiros, as oliveiras e todas as outras árvores bem a agradecem; as hortas também, principalmente as couvinhas e a terra para o nabal.

O mês de agosto já lá vai, quem nos veio visitar já regressou a sua casa. Ainda há por cá alguns resistentes, mas poucos. Agora vem aí o tempo calmo, os dias a sucederem-se aos anteriores sem nada de relevante a acontecer; enfim, Benlhevai está a sofrer do mesmo mal das outras aldeias: cada vez menos gente, os que cá estamos cada vez mais velhos, a agricultura a diminuir a um ritmo muito acelerado. Nas próximas décadas o mundo rural corre o risco de desaparecer. Haverá remédio para este mal?

Um abraço para todos.

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Agosto era, por tradição, um mês mais fresco; nas noites a seguir à festa do Cabeço já se começava a agradecer um casaquinho. Este ano é ao contrário, está a vir agora o calor e, com ele, os incêndios por esse Portugal fora.

Agosto é sempre agosto, e já se nota mais movimento, mais gente, mais animação. Nada como antigamente, quando os emigrantes vinham e assentavam arraiais para todo o mês. Os tempos mudaram, os emigrantes são outros, os das novas gerações, e as férias deles já se repartem por outros destinos turísticos. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. É assim a vida e assim é que está bem. Em Benlhevai queremos que continuem a passar por cá, um dia que seja, para sentir o cheiro da terra, das nossas raízes, para darmos um abraço que nos reconforte para um ano de ausência.

Agosto será sempre agosto, enquanto houver benlhevaenses por esse mundo fora e benlhevaenses a viver aqui. Benlhevai é de todos nós, não só dos que aqui nascemos, mas também dos que aqui casaram ou dos que aqui têm amigos. É grande que chegue para todos sermos donos dum bocadinho, pequenino que seja, da grande alma de Benlhevai.

Um abraço para todos.

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Julho 2023

Depois da tempestade, veio a bonança; passaram as trovoadas e acabou por vir o tempo normal desta época, isto é, o calor. Como dissemos no mês passado, em Benlhevai até não foi grande a desgraça; noutras terras sim, houve prejuízos e grandes. Por cá houve uns alagamentos, nalguns sítios a água arregatou as terras, ainda chegou a cair granizo nalguns sítios, mas no final podemos dizer que a desgraça foi bem menor do que noutras aldeias. Todos queríamos sol na eira e chuva no nabal, mas a realidade é outra; contudo, também ficaram coisas boas da água que caiu: temos muita batata, muita fruta, o ano até nem está a ser mau.

Agora veio o verão, já temos calor a condizer. Não tarda, começam a aparecer os primeiros benlhevaenses que vivem noutros países e que, todos os anos por esta altura, assentam arraias em Benlhevai, para alegria deles e nossa. O verão tem coisas boas, esta é uma delas.

Um abraço para todos.

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Junho 2023

Maio acabou debaixo de chuva e trovoadas e junho começou da mesma maneira. Há duas ou três semanas que chove todos os dias: nalguns de noite, noutros de manhã, na maior parte deles à tarde. Maio foi sempre o mês das trovoadas, mas caíam duas ou três; este ano não, parece que o S. Pedro se tinha esquecido delas, estavam lá amontoadas, e mandou-as cá para baixo todas duma vez. As primeiras foram bem-vindas, a chuvinha que trouxeram bem falta fazia, mas depois veio mais uma, mais duas, mais três, e agora já é demais. As batatas estão alagadas, correm o risco de apodrecer na terra, os tomates estão debaixo da terra das enxurradas, os pimentos, pepinos, repolhos, salada, estão como os tomates. Noutra aldeias ainda tem sido pior: enxurradas que destroem tudo o que lhes aparece à frente, granizo que destrói vinhas, pomares de macieiras, enfim toda a fruta que está agora pequena, tenrinha. Tem sido uma desgraça! Em Benlhevai, felizmente, ainda não houve situações dessas.

Vamos falar, mas é, de coisas mais agradáveis: no fim de maio tivemos a nossa festinha. Não foi tão animada como a dos últimos anos, desta vez a juventude não esteve na organização, mas tivemos procissão, banda de música e no sábado um conjunto que fez os possíveis por animar os poucos que estavam no Terreiro. Mas ainda animou!

Agora temos todo o mês pela frente, vêm aí os Santos Populares: Santo António, São João e São Pedro. Esperemos que nos tragam sardinha da boa e umas merendas para os celebrar.

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Maio 2023

Maio é o mês da festa do Divino Espírito Santo; há anos em que a Páscoa vem alta, o que quer dizer que vem mais tarde e se contarmos sete semanas a seguir, já a festa calha em junho. Este ano é em maio, no dia 28. Ainda não sabemos como vai ser, logo se verá; de qualquer maneira, haverá sempre missa, procissão, banda de música, cerejas e as primeiras batatinhas, as que se puseram em fevereiro, nas hortas mais abrigadas.

Maio também é mês de flores: de giesta, de urze, de alecrim, de esteva, de carqueja, enfim, é uma explosão de flores e cores, cuja beleza não se pode descrever em palavras, só vendo. Benlhevai está cheio de flores.

Maio também é mês de azáfama para os pássaros: na construção dos ninhos, no namoro, nos ovos, nos passarinhos. As andorinhas têm urgência nesse trabalho, precisam de fazer duas criações. Se o tempo corre de feição, em vez de duas são três, desde que a última permita que as que nascem estejam com robustez suficiente para na segunda semana de outubro se fazerem à viagem, que é longa, uns milhares de quilómetros.

Maio é um mês especial (os outros também o são), porque o estamos a viver, sempre com a esperança de podermos dizer o mesmo no ano que vem. Assim seja!

 Um abraço para todos.

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Abril 2023

Abril, o mês em que a natureza irrompe com todas as flores e cores. É o mês da liberdade, em que festejamos o fim da ditadura e a entrada de Portugal no grupo dos países onde a democracia permite a cada um de nós expressar livremente as suas opiniões, escolher quem queremos para governar, votar noutros se os que tínhamos escolhido não correspondem aos nossos anseios. Democracia exige de cada um de nós o dever de exercer o direito de cidadania. Nunca devemos desculpar-nos com os outros, as decisões são nossas!

Por cá continua tudo bem. Na agricultura é tempo de lavrar as terras, de começar a pôr as hortas, de cortar a erva, que neste ano cresce a cada dia que passa. É bom sinal, quer dizer que as terras têm humidade, fruto do outono que nos trouxe água com fartura.

O primeiro domingo deste mês é o Domingo de Ramos, uma semana a seguir já se comem os folares. Começa bem o mês, esperemos que acabe tão bem ou melhor.

Um abraço para todos.

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Março 2023

Ora cá temos a chuvinha de março e já era precisa. É altura de lavrar as oliveiras, preparar a terra para as hortas e as terras, à superfície, já estavam a ficar secas. Nestes dias que aí vêm não vai haver mãos a medir. Tratores, sachos e outras ferramentas, vão ter que fazer!

Cá tivemos o Entrudo, calminho como têm sido os últimos, mas sempre com alguma animação. Há sempre alguém que quer remar contra a maré e são essas pessoas que vão mantendo viva a tradição. Até no dia da batida aos javalis, que juntou uma multidão de gente em Benlhevai, os entrudos fizeram festa. Em Benlhevai ainda vai havendo animação.

Oxalá continue a ser assim.

Um abraço para todos.

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Fevereiro 2023

Em janeiro dizíamos aqui que o ano estava a ser bom porque choveu muito no outono e que o que precisávamos em janeiro era frio e geadas. Pois assim tem sido! Frio que chegue e geadas em abundância. O outono e inverno estão a ser à moda antiga, esperamos que a primavera não lhes fique atrás.

Quanto ao resto, Benlhevai continua calmo, cada vez mais calmo. Alguns benlhevaenses vão morrendo, outros, em consequência da idade avançada, vão saindo para instituições ou para casa dos seus familiares e não há meio de haver quem nasça por estes lados. Por isso, somos cada vez menos, as casas vão ficando vazias, as ruas desertas. Não se vislumbra um sinal de mudança!

Fevereiro é mês de Entrudo, pode ser que algo aconteça para quebrar a monotonia que está a paralisar.

Assim seja!

Um abraço para todos.

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Janeiro 2023

Mais um ano que começa. Desta vez acabou e começou com chuva. Já correm os ribeiros todos, os terrenos estão encharcados, é uma beleza. Precisamos agora de geadas para serem um outono e inverno como antigamente.

A passagem de ano foi animada, houve fogo de artifício e tudo. No dia 1, comemos e bebemos, este ano foi um porco no espeto (e que bom que estava). Foi o tradicional convívio no Terreiro, desta vez tivemos que nos abrigar da chuva na placa dos poços de lavar.

Neste início de 2023, aproveitamos para desejar a todos os benlhevaenses e aos outros também, um excelente ano; que nos dê saúde, paz, e que possamos ao longo do ano realizar todos os nossos sonhos.

Um abraço para todos

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Dezembro 2022

Há um ano queixávamo-nos da seca. Não chovia e adivinhava-se um ano mau para a agricultura. Dizíamos nós que iríamos ter pela frente um ano de pouca fruta, poucas batatas, poucos feijões, árvores a morrer à sede, menos água nas terras e nas torneiras. Assim foi!

Este ano, felizmente, o tempo é outro. Estamos a ter um outono como já não se via há muitos anos, com chuvinha a sério. Os ribeiros ainda não correm, mas por este andar ainda vamos ouvir o ribeiro do Ribeiral.

Como é costume nesta altura, anda tudo à azeitona. Este ano há pouca, consequência da terrível seca do último ano, mas lá se vai sentindo o barulho das máquinas.

Dezembro, é tempo de Natal. Está aí à porta e com ele o tradicional ambiente de paz, solidariedade, amor.

Dezembro é o mês do amor! Celebremo-lo como deve ser, com amor!

Um abraço para todos

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Novembro 2022

Há muito que não tínhamos um mês de outubro com tanta chuva. Depois duma seca terrível, que bem sabe ver cair a chuva, senti-la nos telhados, vê.la correr pelas ruas!... Ainda não acabou a seca, é verdade, mas já vemos os rios a correr, as albufeiras a encher, as árvores a ganhar aquele verde que embeleza a natureza. Já vemos até algumas árvores que pareciam secas e que estão a ganhar novos rebentos, pequeninos, mas verdes, a dar-nos esperança que possam voltar a ganhar vida.

Este ano não há castanhas, os castanheiros não tiveram forças para as criar. Alguns morreram à sede, outros ainda criaram ouriços, mas estes não cresceram, faltou-lhes água. A azeitona ainda aproveita esta chuva, vê-se engordar a cada dia que passa. Não há muita, receava-se que caísse com a seca, mas esta aguinha tem-lhe dado vida.

É assim com estas boas notícias que encaramos com outra cara o Natal que se aproxima. É uma cara mais alegre e um coração mais cheio, o que nos dá outro vigor para recebermos aquilo que o Natal sempre nos traz – esperança, fraternidade, solidariedade, isto é, Amor!

Que continue esta chuvinha! Bem precisamos dela para enfrentar os momentos difíceis que estamos a viver, uns causados pela guerra, outros (a maior parte) pela ganância. Os ricos estão cada vez mais ricos, todos os demais pagamos para que isso aconteça.

Um abraço para todos

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Chegou o mês de outubro e já nos vamos habituando que seja o prolongamento do verão: seco e quente. Antigamente era o início da época das chuvas, mas os tempos mudam e agora já não é assim. Este ano não vamos ter castanhas, os ouriços estão pequeninos e cansados de ter lutado contra a seca extrema que nos tem atingido. As línguas de vaca ainda nasceram, fruto daquela chuvinha abençoada que caiu em setembro. A azeitona também gostou dessa chuva, vamos ver se consegue chegar ao tempo dela com saúde.

Os amigos que nos visitaram durante o verão já regressaram quase todos ao sítio onde vivem. Benlhevai está a entrar no tempo de inverno – dias pequenos, noites longas, casas vazias, pouca gente por cá.

Um abraço para todos

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Em setembro secam as fontes e ardem os montes. Este ditado é velho, mas este ano aplica-se na perfeição ao tempo que estamos a ter. Em Benlhevai, felizmente ainda não houve nenhum incêndio e esperamos que assim continue; quanto às fontes, valha-nos Deus, está tudo ressequido; sítios onde nunca faltou a água estão agora secos, os sobreiros estão a morrer, os castanheiros na mesma. Estamos a viver uma autêntica tragédia!

Agosto já lá vai. Este ano foi intenso, veio muita gente; a festa foi rija e foi um êxito. Depois de dois anos de jejum, devido à pandemia, tirámos a tripa da miséria. Agora falta-nos a chuvinha e todos os dias ansiamos por notícias que nos animem um bocadinho. As previsões não são nada animadoras, mas a esperança é a última a morrer. Não tarda, vamos ter água à farta. Assim seja!

Um abraço para todos

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Não há volta a dar, o assunto principal continua a ser o calor. Valha-nos Deus, isto está a ser demais! Em junho tivemos uma semana de calor intenso, em julho foi todo o mês e agosto continua na mesma. É calor de dia, de noite não vem sequer um arzinho para refrescar as casas, andamos aflitos.

Como bons transmontanos, sabemos enfrentar o frio de inverno e o calor de verão. Assim sendo, estamos a começar o mês com a mesma emoção, abraçando os amigos que nos vêm visitar, os benlhevaenses que vêm recordar o sabor das suas raízes, os familiares que passaram o ano em lugares longínquos, em terras que os acolheram para aí construírem as suas vidas.

O mês de agosto continua a ser especial e assim vai continuar a ser  enquanto tivermos força para isso. Para além de tudo, é o mês em que conseguimos abraçar os nossos emigrantes, recordar com eles tempos passados, fazer uso dessa memória para nos sentirmos donos do nosso Benlhevai, esse elo que nos vai ligar para sempre.

Um abraço para todos

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Julho é mês de calor, sempre foi assim, mas este ano é demais! Estão a ser atingidas temperaturas fora do normal em muitos sítios e aqui em Benlhevai também. Este ano temos ainda uma agravante, que é a falta de chuva. As terras estão ressequidas, não há água em lado nenhum e por esse país fora estão a suceder-se os incêndios. Oxalá não nos venha essa desgraça pela porta.

No resto, este mês está a ser normal: começam a aparecer por cá os amigos que vivem e trabalham por esse mundo fora, começa a notar-se o ambiente de férias. É bom para quem nos vem visitar e é bom para nós que os podemos abraçar, depois dum ano de ausência e sobretudo depois dessa terrível covid-19 que nos afastou uns dos outros.

Com esta caloraça, apetece beber um copo. Vamos a isso!

Um abraço para todos

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Amigos

Finalmente pudemos celebrar a nossa festa do Divino Espírito Santo e celebrámo-lo à grande. Este ano foi logo no primeiro fim de semana de junho; começou com os preparativos na sexta e no sábado foi o arraial. Animou e de que maneira, muita música, muita gente e muita dança. No domingo foi a tradicional missa e procissão com acompanhamento duma banda de música.

Junho já é mês de verão e o calor continua. Estamos a viver um ano de seca, o que tem valido é que de vez em quando lá vêm umas pinguitas, quando a trovoada anda por perto. As terras estão secas e a vegetação tem dificuldade em se aguentar; vamos ver se não vem nenhum incêndio por aí que acabe com a poltrica. Esperemos que não!

Estamos já a olhar para o verão que aí vem, à espera da animação que nos trazem os benlhevaenses que estão espalhados pelo país e pelo mundo e que continuam a visitar Benlhevai, a sua e nossa terra, o elo de ligação entre todos nós.

Que seja assim por muitos anos!

Um abraço para todos

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Maio entrou quente e assim continua. Vivemos uma situação de seca extrema, aqui em Benlhevai e em todo o país. O verão adivinha-se muito complicado.

Já há flores de giesta por todo o lado, assim como outras flores. A terra está seca, mas com alguma chuvinha que caiu em março e abril, as flores e plantas ganharam uma vida nova.

Começámos finalmente a ter alguns convívios e se não houver nada contra, já vamos ter a festa do Divino Espírito Santo, que este ano calha a 5 de junho, e também a festa de agosto, lá para os dias 13 e 14. Até que enfim!

Como sabem, morreu mais um benlhevaense, o senhor Aristides, uma figura do dia a dia de Benlhevai, um homem que nos está a fazer muita falta. Benlhevai vai definhando, não há esperança de mudar esta situação. Somos cada vez menos.

Será que podemos ter esperança em ver esta situação invertida?

Um abraço para todas e para todos

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Já chegou a primavera, já há flores por todo o lado. Chegou envergonhada, falta-lhe a água para se mostrar em todo o seu esplendor. Os ribeiros estão secos, a terra ressequida, as plantas vão dando o seu melhor, mas têm que disfarçar a falta da água. Este mês de abril entrou com uma valente geada que, com um ventinho a ajudar, queimou tudo o que pôde queimar: batatas de cedo, frutos que já se mostravam, flores que já não vão dar fruto. Amendoeiras, cerejeiras, pessegueiros, enfim, todas as árvores que já embelezavam a primavera foram fustigadas por esta geada. O ano não estava a correr bem, agora piorou.

Estamos a viver tempos difíceis. A pandemia está na fase final, acreditamos nós, mas já temos à nossa frente uma guerra que começou sem sabermos porquê. A Rússia invadiu a Ucrânia, há mortos, feridos e atrocidades sem fim. Em consequência desta guerra há um aumento brutal do preço de produtos; uns porque vinham da Ucrânia ou da Rússia, outros não se sabe porquê. Há muita gente a sofrer com a guerra e há alguma gente a aproveitar-se dela. É sempre assim, uns pagam a guerra, outros ganham com ela.

Malditas guerras, malditos os que as provocam!

Como no mês passado, temos também agora uma notícia triste: o senhor Aristides, uma figura icónica de Benlhevai, está muito mal. Há mais de uma semana que está no hospital, a situação é muito grave. No mês passado demos a notícia do Frederico Frutuoso, que felizmente tem vindo a melhorar. Nessa altura a situação era gravíssima, mas, embora ainda hospitalizado, já está livre de perigo. Esperamos que daqui a um mês possamos dizer o mesmo do senhor Aristides.

Um abraço para todas e para todos

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Amigos

O inverno vai passando, começa já a cheirar a primavera e água, nem vê-la! É certo que já caiu uma merujeirazinha, molhou a terra, as folhas das árvores, mas precisamos urgentemente de chuva a sério. Com esta merujeira, a natureza ficou logo mais bonita! As previsões apontam para mais uns borrifos de água de vez em quando, mas se não chover, vamos ter um verão terrível. Oxalá que as coisas melhorem.

Este mês de março começou também com um grande susto. O Frederico Frutuoso (filho do Sr. João Velhinho) teve um problema de saúde muito grave. Foi de urgência para o hospital, temeu-se o pior, mas felizmente as coisas estabilizaram. Continua muito mal, está em coma induzido, mas já há esperança que possa sobreviver. É novo, tem dois filhos pequenos, o Santiago e a Mariana. Ele, a mulher e os filhos precisam de todo o nosso apoio. Nesta altura o que podemos fazer é desejar-lhe as melhoras, quem for católico que reze por ele. Bem precisa!

Que o inverno termine em paz e que a primavera nos traga boas notícias. Para todos nós!

Hoje, 8 de março, é o dia internacional da mulher.

Para todas as mulheres do mundo, mas em especial para todas as mulheres de Benlhevai - as que cá nasceram, as que cá vivem e todas as outras espalhadas pelo país e por todo o mundo que têm uma qualquer ligação com Benlhevai, dedicamos este dia e estes versos:

Não interessa a flor que seja,

Rosa, cravo ou malmequer;

Neste dia todas rimam

Com a palavra “MULHER”

Um abraço para todas e para todos

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Depois dum janeiro geadeiro, começou um fevereiro igual. As geadas são boas para a natureza e estão a vir no tempo delas. O que nos falta é água, já nem nos lembramos de ter chovido. Isto acontece em Benlhevai, em toda a região de Trás-os-Montes e em todo o país. Vamos ter um ano terrível, por este andar a seca vai ser catastrófica.

Vai ser tempo de começar a mexer nas terras, lavrar para pôr as hortas, mas andamos todos com dúvidas se tiraremos algum proveito desse trabalho. A água é o sangue da terra, esta é uma máxima que sempre se ouviu pelos nossos lados. Sem sangue morremos, a terra sem água morre também.

As previsões para os próximos dias continuam a apontar tempo seco, embora com possibilidade de alguma chuvinha lá para o dia 11. Oxalá que venha! Pouca que seja, que dê pelo menos para regar a terra e que seja o prenúncio de mudança no clima.

Precisamos de chuva, urgentemente!

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Janeiro

Amigos

Depois dum janeiro geadeiro, começou um fevereiro igual. As geadas são boas para a natureza e estão a vir no tempo delas. O que nos falta é água, já nem nos lembramos de ter chovido. Isto acontece em Benlhevai, em toda a região de Trás-os-Montes e em todo o país. Vamos ter um ano terrível, por este andar a seca vai ser catastrófica.

Vai ser tempo de começar a mexer nas terras, lavrar para pôr as hortas, mas andamos todos com dúvidas se tiraremos algum proveito desse trabalho. A água é o sangue da terra, esta é uma máxima que sempre se ouviu pelos nossos lados. Sem sangue morremos, a terra sem água morre também.

As previsões para os próximos dias continuam a apontar tempo seco, embora com possibilidade de alguma chuvinha lá para o dia 11. Oxalá que venha! Pouca que seja, que dê pelo menos para regar a terra e que seja o prenúncio de mudança no clima.

Precisamos de chuva, urgentemente!

Um abraço para todos

Ano Novo, Vida Nova!

Antigamente era assim, agora já não. Entrou o ano novo e continua tudo na mesma. É verdade que este Natal foi mais sossegado, a passagem de ano também, mas continuamos com os mesmos problemas. Não há meio de chover a sério, geadas nem vê-las, parece primavera. Lá para diante vamos ter problemas sérios.

A apanha da azeitona está pelas rabeiras, vêm aí outros trabalhos para fazer. Acabam uns, aparecem logo outros – limpas, podas, enfim, em Benlhevai há sempre que fazer.

Que este ano de 2022 seja um Bom Ano para todos, que termine esta pandemia que nos tem atormentado, que haja saúde para todos os benlhevaenses (e para os outros também).

Um abraço para todos

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Dezembro

O tempo continua seco, demasiado seco. As terras não têm humidade e não há meio de chover. A gente da cidade anda radiante, isto para eles é bom tempo. As galdérias e os galdérios das televisões e das rádios batem palmas ao tempo. É sol todos os dias, a chuva que os atormenta não tem vontade de aparecer. Que maravilha!

Nós por cá, andamos aflitos. Se não chove é sinal de pouca fruta para o próximo ano, poucas batatas, poucos feijões, mais árvores a morrer à sede, menos água nas terras e nas torneiras. A felicidade deles é a nossa desgraça!

Mas como diz a cantiga, falemos de coisas bem melhores. O Natal está aí à porta! Não se sabe bem como vai ser, se há fogueira ou se não há, se podemos comer as batatas, couves, rabas, bacalhau e polvo em família ou se é como o ano passado, cada um recolhido e escondido em sua casa. O raio da pandemia não nos larga.

É tempo de apanhar a azeitona, anda tudo numa lufa-lufa. Sente-se o barulho das máquinas (antigamente era à vara, havia tempo para cantar e tudo…), ouve-se o roncar dos tratores (antigamente era o zornar dos burros), os ranchos já não cantam nem dançam, já não os há, somos cada vez menos.

Mas é dezembro, é tempo de Natal, tempo de celebrar a família, tempo de ver a vida com mais otimismo, com mais solidariedade, com mais amor.

Dezembro é o mês do amor! Celebremo-lo como deve ser, com amor!

Um abraço para todos

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A passos largos, aproximamo-nos do fim de mais um ano. Novembro já está em andamento; começou quente e seco, agora está já mais um bocadinho frio, mas continua seco. É certo que já caiu uma chuvinha que deu para alegrar a natureza, dar de beber às árvores, regar os nabais e as couves, mas era precisa bem mais. É no outono que deve chover, a água não dá qualquer prejuízo e vai alimentar as nascentes. Esperamos que este tempo seco acabe depressa.

 Ainda andamos na azáfama da apanha da castanha. Este ano é bonita, grandinha e o preço tem sido razoável. É das coisas que dá algum lucro na agricultura, e então para comer, é uma delícia, seja crua, cozida ou assada. Quem é que não gosta duns bilhós?

A seguir começamos a pensar na azeitona. A produção deste ano vai ser média, se não houver problemas de tempo até à apanha. Já aconteceu nalguns anos virem ventos fortes quando a azeitona está madura e a maior parte dela cair ao chão.

Vem aí o frio, é tempo de acender o lume!

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O verão já lá vai, embora ainda estejamos a viver o dos marmelos. Há muitos, este ano; agora faz-se marmelada, procuram-se as primeiras castanhas e línguas de vaca, escouçam-se os feijões, apanham-se as últimas maçãs, amêndoas, nozes, figos, enfim, fazemos como as formigas, enchemos a casa para comer no inverno.

Passou o tempo das férias, já quase toda a gente que nos visitou se foi embora. Ficamos os do costume, somos nós os guardiões de Benlhevai. Ao longo do ano vamos recebendo um ou outro, no verão que vem esperamos receber ainda mais gente que este ano.

Até lá ou até breve. Benlhevai está sempre de braços abertos!

Um abraço para todos

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Amigos

O verão aproxima-se do fim, as noites começam a ser fresquinhas, de manhã começa a ver-se o orvalho, enfim, está a terminar um ciclo e a aproximar-se outro; não tarda, temos aí o inverno. Benlhevai começa também a ficar com menos gente, já se vêm apenas os teimosos que vivemos cá e os teimosos que adiam o mais que podem a partida.

Setembro é mês de fruta, tempo de trazer para casa o produto dum ano de trabalho. Na agricultura usa-se o lema da formiga – encher a casa no verão para haver fartura no inverno.

O tempo anda seco, o que não é nada bom para a natureza, nomeadamente para a castanha e a azeitona, que bem agradeciam uma chuvinha de vez em quando. Já veio uma trovoada que trouxe alguma chuva, pouca; de resto, é o sol que manda. Até as línguas de vaca terão dificuldade em aparecer.

Um abraço para todos

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Agosto

Este mês de agosto já parece normal, sente-se um cheirinho quase igual àqueles agostos de há uns anos atrás, cheios de gente. Ainda não é bem igual, se calhar já não o volta a ser, mas o que é certo é que já vemos bastante gente que não veio o ano passado, por motivos óbvios: o raio da pandemia, esse bicho chamado sars-cov-2, o tal vírus que nos tem complicado a vida.

Festas ainda não há, a Sra. da Assunção vai ter apenas as cerimónias religiosas, mas sem procissão. Em Benlhevai, a festa da Senhora da Esperança, que já tinha alguma tradição, também não se fez. Vamos ver se no próximo ano já nos podemos desforrar.

O tempo anda como nos outros anos, quentinho. Estamos no verão, é tempo de calor!

Um abraço para todos

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Amigos

Aí está o mês que por norma é o mais quente do ano. Este começou bem, já com algum calor, a fazer esquecer junho algo fresco e bastante molhado. Agora queremos sol; nós e as hortas, para o renovo crescer.

Também é neste mês que se começam a ver por cá os benlhevaenses que trabalham (ou trabalharam) noutras zonas do país ou no estrangeiro. Recebemo-los de braços abertos, embora ainda sem abraços. A pandemia não nos larga, o vírus vai-se modificando e continua a assustar-nos. Vale-nos a rapidez com que segue a vacinação, que nos vai libertar deste vírus maldito.

Entretanto comemos os figos lampos, que este ano os há com fartura, pêssegos, peras e peros, morangos, caranguejas, enfim, toda a fruta que felizmente temos em abundância. Viva a fartura!

Um abraço para todos

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Terminado o mês de maio e passada a nossa festa, que foi calminha, como se previa, entrámos no mês de junho cheios de esperança num verão quase normal. Está tudo a correr bem, no que à covid diz respeito; no distrito de Bragança a situação está controlada e no resto do país também, embora haja um ligeiro aumento no número diário de infetados. O desconfinamento, algumas festas e o recomeço do turismo, explicam este aumento, mas até agora não é nada de alarmante.

O sol está finalmente a aparecer. Anda no ar um cheirinho a verão e as hortas estão a ficar cada vez mais bonitas. Este ano vamos ter muitos figos lampos e também se espera um bom ano em toda a outra fruta. As cerejas já vão a meio, daqui a nada vem o resto. Como sempre se disse, “do cerejo ao castanho bem me eu amanho” e este ano vai ser uma fartura.

Um abraço para todos

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Vamos continuando o nosso caminho, calmamente, na esperança de dias melhores.

O mês começou normal, entretanto arrefeceu, veio chuva, trovoada, algum granizo. Parece-nos que nunca foi assim, mas já antigamente se dizia que se devia guardar o melhor cepo para o mês de maio.

Daqui a poucos dias vamos ter a festa do Divino Espírito Santo. É a segunda debaixo desta pandemia; vamos, portanto, ter uma festa muito modesta. Vai com certeza haver missa, uma procissão muito pequenina e ficamos por aí. Não vamos ter arraial nem bailarico no Terreiro. Melhores anos virão. Para o ano havemos de nos vingar, vamos dançar a noite toda, beber uns valentes copos, vai ser de arromba.

Este maio vai ser de sacrifício, estamos a dominar o vírus, devemos continuar assim.

Um abraço para todos

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Amigos

Este abril já nos deu uma Páscoa. Estivémos confinados, dentro de casa, sem a visita pascal. Que seja a última vez que isto acontece!

Queremos o abril de águas mil, embora o cuco a beba toda no ar. Queremos estar uns com os outros, apreciar cada uma das milhares de flores que neste mês enchem os campos. Queremos o vírus daqui para fora, dar-lhe um valente pontapé no...

O desconfinamento vai avançando lentamente, passo a passo, pelo seguro. No dia 5 já houve algum alívio, no próximo dia 19 esperamos que diminuam as restrições e no fim do mês que consigamos entrar na terceira fase, mais aliviados ainda.

Um abraço para todos

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Março 2021

Está a fazer um ano que começou este drama do novo vírus. Trouxe doenças, mortes, encheu-nos os hospitais. Alterou-nos o dia a dia, meteu-nos em casa, isolou-nos de tudo e de todos.

Março, o mês de março, não merecia isto. É o mês da primavera, do desabrochar das flores, da construção dos ninhos. Nunca deveria ser o mês em que chegou a Portugal esse bicho que já nos roubou um ano de vida.

O março deste ano está agora a lutar contra o vírus. Está a fazê-lo com determinação e está a deixar-nos com a esperança de recuperarmos a liberdade. Nós estamos a colaborar, mantemos as regras de segurança enquanto vamos lavrando as terras, sementando as batatas, à espera que os frutos venham num tempo novo. Igual ao de antes do vírus, mas novo, porque agora já teremos outra forma de o viver. Com mais fraternidade, assim esperamos.

Um abraço para todos

 

Amigos

O janeiro começou frio, as geadas andaram por aqui umas semanas. Para a agricultura isto é bom! Morrem os insetos, as árvores mantêm-se sossegadas, a seiva não circula.

A segunda quinzena já nos começou a trazer alguma humidade e nestes primeiros dias de fevereiro choveu com regularidade, o que também é bom para as terras. Logo que passe este tempo de chuva, toca a lavrar, a cavar, a pôr as batatas de cedo e mais alguma coisa que se queira também mais cedo.

Em termos de clima isto até nem está a correr mal, no resto é que é uma desgraça, o raio do vírus nunca mais nos larga. Continuamos confinados, já andamos todos meio malucos (é a brincar, claro). Os hospitais estão cheios, já nos estamos a socorrer da ajuda de países amigos e continua a morrer muita gente com o vírus.

Por outro lado, continua a decorrer a vacinação; não tão depressa como gostaríamos, mas conforme as vacinas que estão a chegar. Em consequência da vacinação e do confinamento, esta última semana já não está a correr tão mal; os números da estatística continuam altos, mas finalmente começaram a baixar. Oxalá assim continue!

Um abraço para todos!

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Dezembro 2020

Com grande esforço e algum sofrimento, mandámos embora o ano de 2020. Cada ano é feito de muitas histórias, umas boas, outras más, outras assim assim.

Este que escorraçámos no dia 31 de dezembro, desde o interior das casas, uma vez que não era permitido sair à rua, trouxe-nos um vírus que nos anda a atormentar há quase um ano. Por isso 2020 não nos deixa saudades.

As festas do Natal e da passagem de ano foram muito discretas. Não houve fogueira de Natal, não houve merenda no primeiro de janeiro, não houve convívio. Sentimos a falta desse convívio, sentimos a falta dos benlhevaenses que vivem fora e nos costumam visitar nesta época do ano.

Precisamos urgentemente de mandar este vírus para o inferno, precisamos do abraço de quem gostamos, precisamos de partilhar o calor humano. Sentimo-nos presos, abafados, indefesos.

Precisamos de Liberdade! Precisamos da Normalidade!

Vamos fazer de 2021 o ano da RECUPERAÇÃO.

Vamos esperar que estas valentes geadas que têm caído (não é nada de anormal, estamos no janeiro geadeiro), matem o raio do vírus que nos anda a atormentar.

Um abraço desde Benlhevai, grande, caloroso, cheio de afetos, para todos, onde quer que estejam.

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Novembro 2020

Amigos

Chegou o mês de novembro, com o tempo a aproximar-se da normalidade. Já choveu um bocadinho, já temos o nevoeiro por cá a amadurar a azeitona, só já faltam umas geadas para matar as lagartas que nos dão cabo das couves; o tempo ainda continua macio, lá se vai acendendo o lume, mas é quase só por desfastio. 

Novidades não há, a vida vai correndo num ritmo calmo, que já não estamos para pressas. A campanha da castanha está a chegar ao fim. Este ano houve pouca e também foi pouca a procura. Isto da covid está a dar cabo de nós - não há consumo, não há comércio com os outros países, andamos todos meio perdidos. Se isto não passa depressa, ainda damos todos em malucos.

Hoje foi noticiada a chegada em breve duma vacina credível. Não é daquelas do Putin ou do Trump, em que já ninguém acredita. Esta é das verdadeiras e poderá começar a ser comercializada em breve. Portugal, inserido num programa da União Europeia, vai ter acesso a um número significativo dessas vacinas. Oxalá cheguem rapidamente, pois só nessa altura começaremos a recuperar a normalidade nas nossas vidas. 

Vamos acreditar que sim. Vem aí a vacina e vamos mandar para aquela parte esta pandemia, a covid-19 ou o raio que a parta, que depois ficará apenas como lembrança ruim para contarmos, daqui a uns anos, aos nossos filhos e netos. Só daqui a uns anos, porque os nossos filhos e netos de hoje já sabem o que é, estão a sofrer tanto ou mais que nós!

Um abraço para todos

Outubro 2020

Amigos

Chegou o mês de outubro, este ano anormalmente seco e quente. As castanhas querem cair e não têm água para abrir os ouriços, os castanheiros vão dando as línguas de vaca, mas dariam mais se tivessem humidade, a azeitona também já queria umas pinguinhas, enfim, está a faltar chuva, nevoeiros e algum frio.

O que não está a abrandar é o raio do corona vírus. Parecia que estava tudo a acalmar e de repente começou tudo a complicar-se, aqui em Portugal e pelo mundo inteiro. Estamos a começar a ficar preocupados, está a vir aí a segunda vaga e nós já não queremos ficar outra vez presos em casa. Vamos ver no que isto dá.

Vamos ter todos calma, vamos evitar os chamados comportamentos de risco, vamos lavar as mãos, evitar a proximidade com outras pessoas, usar máscara, e dentro de algum tempo isto vai passar.

Oxalá assim seja!

Nesta página estamos a publicar uns contos do Vítor sobre os vários sítios do termo de Benlhevai. É a nossa história, são as nossas raízes e estamos a tentar chegar a todos os benlhevaenses, traduzindo estes contos para francês, com o objetivo de serem lidos pelas novas gerações, por muitos dos nossos filhos e netos que já não leem em português. Há dias publicámos o “Valado” e gostaríamos de ter a vossa opinião.

Um abraço benlhevaense para todos vós.

Setembro 2020

Está pelas rabeiras o movimento normal dos meses de verão. Este ano o mês de agosto foi menos movimentado, fruto da pandemia. Esperamos que no próximo ano tudo tenha já passado e nos possamos reencontrar e, se assim for, havemos de festejar a dobrar. Agosto trouxe-nos um dia de chuva; foi só um dia, mas foi dos bons. Agora bem precisávamos doutro igual; lá se iam os últimos figos, mas as árvores bem agradeciam.

Publicamos hoje um novo conto sobre os sítios de Benlhevai. Desta vez é sobre a Pena do Corvo, que a bem dizer já fica no termo de Vale Frechoso, mas é nosso também. No tempo em que se ia a pé a Vila Flor (há uns 50 ou 60 anos), era um sítio de referência.

Esta história bem podia ter acontecido. Na altura havia sempre o perigo de aparecerem as temidas quadrilhas de ladrões, e era nestes sítios como a Pena do Corvo que eles atacavam.

Esperamos que gostem e ficamos ansiosamente à espera da vossa opinião. É muito importante que no-la dêem, e agradecemo-la desde já.

Um abraço benlhevaense para todos vós.

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Septembre 2020

Les Amis

Nous venons de publier une nouvelle histoire sur un nouveau lieu de Benlhevai - "La Plume du Corbeau" (Pena do Corvo). 

Nous publions ces histoires dans la section de cette page (benlhevai.net) «LENDAS E HISTÓRIAS» (LÉGENDES ET HISTOIRES).

Vous pouvez nous envoier votre opinion par commentaires sur cette page, par email benlhevai@benlhevai.net, sur le Facebook de José Maria Sousa Fernandes ou Sérgio Sousa, comme vous voulez, l'mportant c'est que vous nos donnez votre opinion.

On vous embrasse, à tous.

Août 2020

Les Amis

Nous venons de commencer un nouveau projet dans cette page de Benlhevai. À l'équipe habituelle - José Maria Fernandes et Sérgio Sousa, se sont rejoints des nouveaux membres pour mener cette grande aventure, celle d'écrire des histoires sur les différents lieux de Benlhevai et de les publier en portugais et en français.

Nous avons maintenant avec nous Vítor Fernandes, l'auteur des histoires, Artur Fernandes, qui fait la première traduction en français et Bernadette Lesage (pour ceux qui ne connaissent pas le nom, c'est Lourdes, fille de M. Gracindo et Mme Carolina), qui complète cette traduction.

Nous publierons ces histoires dans la section de cette page (benlhevai.net) «LENDAS E HISTÓRIAS» (LÉGENDES ET HISTOIRES).

Nous savons que nous avons des nombreux lecteurs qui résident dans des pays francophones et qui ont des difficultés ou ne savent même pas lire en portugais. Certains d'entre eux sont déjà nés dans ces pays et sont les enfants ou petits-enfants des portugais qui ont quitté un jour le Portugal à la recherche d'une meilleure vie.

Notre travail est également un hommage à ces héros de Benlhevai, dont certains sont déjà décédés. Nous voulons aider ses enfants et petits-enfants à cultiver l'amour pour Benlhevai et leurs racines.

Ce travail n'aura pas de sens sauf que ces histoires soient lues. C’est donc pour cela que nous faisons ici un appel:

TOUT LE MONDE doit nous dire quelque chose. Nous voulons connaître votre opinion. Faites-le par commentaires sur cette page, par email benlhevai@benlhevai.net, sur le Facebook de José Maria Sousa Fernandes ou Sérgio Sousa, par lettre, personnellement ; de toute façon, peu importe comment, nous avons besoin de connaître votre opinion.

On vous embrasse, à tous.

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Agora em português:

Amigos

Estamos a iniciar um projeto novo nesta página de Benlhevai. À equipa habitual – José Maria Fernandes e Sérgio Sousa, juntaram-se agora novos membros para levar a cabo uma grande aventura, a de escrever histórias sobre os vários locais de Benlhevai e publicá-los em português e em francês.

Temos agora connosco o Vítor Fernandes, o autor dos contos, o Artur Fernandes, que fa



Exposição de Pintura e Artesanato

Abriu domingo, 7 de Agosto de 2011, a primeira exposição de pintura e artesanato de Benlhevai.
A ideia nasceu na página da internet “Benlhevai.net”, foi posta à consideração da Associação Cultural e Desportiva de Benlhevai, e facilmente se arranjaram os meios para a concretizar.


Finalmente foi dada a oportunidade aos artistas de Benlhevai para mostrarem os seus trabalhos na sua terra, e ao público de para poder apreciar a qualidade dos seus trabalhos.


No dia da abertura o número de visitas ultrapassou a centena, e é unânime a opinião de que a qualidade dos trabalhos é excelente, e que a ideia de fazer esta exposição é de louvar e é para continuar.
Assim será!


Amigas e Amigos,

Mais um balanço, agora que a nossa página já tem cerca de mês e meio.

Com tantas visitas, com tantas ajudas e com tanto entusiasmo, podemos dizer que ainda usa fraldas e já anda, já fala, já corre.

No mês de Junho recebeu 775 visitas, e por isso anda feliz da vida.

Como se disse e nunca é demais repetir, esta página é de todos nós, qualquer que seja a ligação que tenhamos a Benlhevai. Estamos todos de parabéns!


Amigas e Amigos,

A nossa página já tem duas semaninhas. Ainda é uma criança, mas como foi um nascimento muito desejado, têm sido muitas as visitas a este bebé. Na primeira semana recebeu 377, isso mesmo, trezentas e setenta e sete visitas. Mas não se cansou, pelo contrário, ficou toda contente e quer continuar assim, a ser visitada por muita gente.

A partir de agora é no dia 11 de cada mês que vamos mudar-lhe a roupa, quer dizer, introduzir todos os elementos que formos arranjando e os que nos forem mandando nesse período.

Como se disse na abertura, esta página é de todos nós, qualquer que seja a ligação que tenhamos a Benlhevai. Vamos tratar dela com todo o carinho, vê-la muitas vezes, ajudá-la a crescer.


Amigos,
Esta página foi pensada há uns meses por quatro entusiastas destas coisas que têm em comum, para além de muitas outras coisas, o facto de gostarem da sua terra, Benlhevai.

Esta página destina-se a todos os que nasceram em Benlhevai, a todos os que residem ou já residiram em Benlhevai, a todos os que já passaram um dia por Benlhevai, a todos os que por um motivo ou outro têm Benlhevai no coração.

Vamos levar o nome de Benlhevai a todo o mundo, e assim podemos dizer que esta página se destina a todos os cidadãos do mundo.

Com esta página queremos aproximar todos os cidadãos de Benlhevai. Queremos fazer com que seja possível darmos um abraço, os que estamos em Benlhevai ou fora dele, por este Portugal inteiro ou por este mundo inteiro, em França, no Brasil, no Luxemburgo, na Venezuela, na Bélgica, na Suíça, em Espanha, na Itália, seja onde for.

Benlhevai é do tamanho do mundo e queremos juntá-lo com esta página.
Vamos encher esta página de fotografias, notícias, histórias, umas verdadeiras e outras daquelas que os nossos pais e avôs contavam, com alguma fantasia pelo meio. Vamos contar a história de Benlhevai desde o seu nascimento, há muitos séculos atrás, até à actualidade.

Vamos também falar de coisas tristes, dos que já nos deixaram, daqueles que construíram Benlhevai. Vamos falar de nós, os que estamos vivos, do que já fizemos e sobretudo do que temos que fazer para continuar essa construção.
Vamos dar notícias de Benlhevai, em cima da hora. Quem falecer, quem nascer, quem se casar, e outras notícias que sejam de interesse. Os jornalistas vamos ser todos, nós que escrevemos, vós que ides ler. Quem tiver uma notícia, mesmo que pense que não é importante, por favor mande-a. Nós vamos publicá-la.
Vamos falar de Benlhevai, espalhar o nome da nossa terra por esse mundo fora.

Um abraço para todos vós,
Sérgio Sousa, José Maria Fernandes, Adriano Macedo e Adalberto Teixeira